(Rastros de Ódio)
Dir: John Ford
Com: John Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Ward Bond, Natalie Wood
Talvez o filme que mais merece o difícil-de-definir rótulo “clássico”, já que é citado de alguma forma ou outra em obras tão diversos quanto Taxi Driver, Close Encounters of the Third Kind e Star Wars. Além disso, esta deve ser a melhor atuação de John Wayne, impressionante com Ethan Edwards, um homem obsessivo que aparece do nada na fazenda da sua família, três anos depois do fim da Guerra Civil, com uma grande quantidade de ouro.
(filme INSPIRAÇÃO)
HAIL THE CONQUERING HERO, 1944
(Herói de Mentira)
Dir: Preston Sturges
Com: Eddie Bracken, Ella Raines, William Demerest
Bracken é rejeitado pelos Marines por motivos de saúde, mas não tem corragem de falar com a família. Alguns simpáticos soldados que conhece num bar topam fortalecer a mentira, o acompanhando para casa como se fossem companheiros de guerra. Porém, tudo fica meio fora de controle quando é recebido como grande herói pela cidade toda. Uma das melhores comédias dos anos 40.
(filme INSPIRAÇÃO)
NIGHT OF THE HUNTER, 1955
(A Noite do Caçador)
Dir: Charles Laughton
Com: Robert Mitchum, Shelley Winters, Lilian Gish
Mitchum como um sinistro fanático religioso procurando dinheiro roubado no interior do sul dos EUA. Embora brilhante, é a única obra com Laughton atrás da camera, em grande parte por que ele ficou arrasado com a recepção morna que esta obra-prima teve inicialmente.
(filme INSPIRAÇÃO)
DESIRE, 1936
(Desejo)
Dir: Frank Borzage
Com: Gary Cooper, Marlene Dietrich
Sofisticadíssimo drama (com toques do produtor Ernst Lubitsch, mestre de sofisticação) sobre uma linda ladra de joias, Dietrich, de férias na Europa, que chama a atenção apaixonada do Cooper, que acaba sendo arrastado para aventura fugindo de detetives.
(filme INSPIRAÇÃO)
DOG DAY AFTERNOON, 1975
(Dia de Cão)
Dir: Sidney Lumet
Com: Al Pacino, John Cazale
Que atuação de Pacino, que recriação deliciosa de uma tarde quente de um verão nova iorquino, que maravilhosa de história sobre um assalto a banco atrapalhado, tudo contado com zero de romantismo e um realismo excepcional.
(filme INSPIRAÇÃO)
DIA TRISTE † SAD DAY
I KNOW WHERE I’M GOING, 1945
(Sei Onde Fica o Paraíso)
Dir: Michael Powell, Emeric Pressburger
Com: Wendy Hiller, Roger Livesey
No caminho para casar com seu rico noivo a esperando no seu castelo na Escócia, uma jovem mulher fica presa na costa. A tempestade se estende por alguns dias, o tempo suficiente para ela conhecer a vida mais real dos camponeses e um amor verdadeiro. Brilhante drama da dupla genial Powell/Pressburger.
(filme INSPIRAÇÃO)
O NAVEGADOR, 1924
Dir: Donal Crisp, Buster Keaton
Com: Buster Keaton, Kathryn McGuire
O filme de maior sucesso de bilheteria do Keaton, que teve a ideia quando soube que um antigo navio de cruzeiro ia ser destruído, e decidiu usá-lo como mega-objeto de cena para um filme. Keaton é um milionário mimadíssimo que fica com sua noiva num navio abandonado e vive uma séria de aventuras malucas e maravilhosas.
(filme INSPIRAÇÃO)
THE CONVERSATION, 1974
Dir: Francis Ford Coppola
Com: Gene Hackman, John Cazale
Extraordinária história sobre brilhante técnico de espionagem que é contratado para gravar uma conversa aparente inócua entre duas pessoas, e que, ao longo do duro trabalho de captar, mixar, filtrar etc. este som, começa a perceber algo sinistro em jogo. Pela primeira vez em sua vida, começa a se deparar com alguns aspectos éticos da sua profissão. O bem jovem Harrison Ford aparece num papel pequeno.
(filme INSPIRAÇÃO)
O ROTEIRO “ESTORVO”, UMA CURIOSIDADE
Em 1996 traduzi para o inglês o roteiro que Ruy Guerra fez para seu filme Estorvo, adaptado do livro do Chico Buarque. O filme em si é curioso em vários aspectos, começando pela sua estranheza geográfica: foi filmado no Rio, na serra de Petrópolis e em Havana (Cuba), mas a história segue como se fosse um lugar só, um lugar-nenhum, na verdade, onde se fala português, espanhol e portunhol.
Mas o roteiro que recebi já trouxe uma grande curiosidade: Ruy havia decidido manter a “voz” do personagem na primeira pessoa, como no livro, então os nomes dos personagens nas falas apareciam “EU”, “MINHA IRMÔ, “MINHA SOBRINHA” etc. Alguns cabeçalhos revelavam que estávamos em lugares como “EXT. CASA DA MINHA IRMà – DIA”, e as rubricas descreviam ações como “Eu olho para Minha Irmã.”
Não tenho mais o roteiro original (na época ainda recebia roteiros impressos e entregava as traduções encadernadas direitinho, junto com o arquivo em disquete), mas no pequeno trecho do roteiro em inglês a seguir dá para ver algumas destas curiosidades.
Nunca mais soube de um roteiro de cinema na primeira pessoa.